segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Putzgrila (mesmo)




O assunto das últimas horas é sobre o futuro da nação, sobre as consequências da escolha que foi feita. Tudo seria tão normal e tão maduro se a maioria das pessoas não estivesse errando a mão na hora de culpar esta ou aquela pessoa pelas suas escolhas, pelos seus motivos. A falta de respeito que as pessoas têm se achado no direito de exercer diante daqueles que têm ideias políticas diferentes das suas, beira o indecente. 

Não, não estou contente com o resultado das eleições. 
Não, não achava que essa seria a melhor escolha. 
Sim, acho que teríamos que votar pela mudança, pela alternância de poder, na esperança de que as coisas pudessem tomar um outro rumo, mais à nosso favor.

Mas não foi isso que aconteceu e não é por isso que passo a ter o direito de maltratar as pessoas e/ou agir como quem saiu na rua e esqueceu o respeito em casa. Ainda sou o tipo de pessoa que trato o meu próximo com o mesmo respeito que gostaria de ser tratado. Acredito no exemplo que inspira o outro. E mais: não acho que nada nessa vida seja por acaso. Se tudo conspirou para que isso acontecesse, sei que o Alto reservou planos para nós: obstáculos a serem vencidos, caminhos a percorrer e tinha que ser assim neste momento.

Então, o lance é encarar as coisas de frente, sem remoer "o que poderia ter sido"/ "o que eu acho que seria melhor". As coisas serão assim e pronto. O que eu posso fazer de melhor com essa realidade? Mesmo porque qualquer mudança que desejemos, deve partir primeiro de nós, das nossas ações. Será que eu ainda acho que dar o tal "jeitinho brasileiro" para conseguir as coisas não seria também um comportamento errado? Ou no meu caso, é só uma "coisinha inocente"?

Reflitamos  sobre nosso comportamento, antes de apontar erros e falhas nos dos outros.



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