Professor é um bicho que meio que atrai certos tipos de situações pra si, ainda que involuntariamente.
Dia desses estava na praça de alimentação do shopping esperando meu jantar e já tinha percebido que tinha um pai com duas crianças na mesa logo atrás de nós. Uma era bem pequena, devia ter menos de 2 anos e estava achando graça em sair correndo de 5 em 5 minutos. E a outra criança era um menino de uns 4 anos que até então estava quietinho sentado na mesa comendo.
Enfim, nossa comida chegou e peguei o álcool gel pra passar em mim e no meu marido. Cena corriqueira pra nós, mas de repente escutei:
- Moça, o que você passou na mão do moço? - Era o menino da mesa de trás
-É álcool gel- e estendi a mão para que ele cheirasse - Quer passar também?
-Quero!- Me disse estendendo as mãozinhas todas oleosas após ter comido um saquinho de batatas fritas.
Olhei pra trás e vi um pai todo envergonhado, meio que me pedindo desculpas, mas quando fui expressar que não tinha nada de mais, que estava tudo bem, ele precisou sair correndo atrás da menininha que voltou a achar graça em explorar o espaço entre as mesas.
Sim, professor tem ímã pra esse tipo de situação. É tipo pára-raio de criancinhas. Pode ter zilhões de pessoas num ambiente, mas crianças escolhem a gente pra fazer coisas engraçadinhas.
Não, não acho que isso seja ruim e não me incomodo nem um pouco.
Gosto. Tenho muitas histórias pra contar, inclusive. E sempre acreditei que a vida da gente é medida pelas boas histórias que a gente tem pra contar.
♥
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