quinta-feira, 31 de julho de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
O tempo e as jabuticabas
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'
O essencial faz a vida valer a pena...e para mim basta o essencial.
(Rubem Alves)
♥
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Alegria sempre!
Tem como resistir tamanha fofura?
♥
quinta-feira, 24 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Hora de refletir
Atualmente tenho percebido que acabo me incomodando com algumas postagens de pessoas em redes sociais. Não que elas digam algo direta ou indiretamente sobre a minha pessoa. Muito pelo contrário, tratam-se de "posts-selfies", ou seja, eu não tenho nada a ver com isso.
Elas vão desde os anti-patriotas do tipo: "odeio meu país" (mas que estavam se descabelando com o 7X1 da Alemanha na copa), até aquelas pessoas que usam suas timelines como muro de lamentações ou consultório de psicanálise online, dizendo o quanto são infelizes, o quanto são feias, mal amadas e por aí vai (aí aparecem 500 comentários mostrando o quanto a pessoa é linda, querida e suuuper bacana).
Concordo que se essas postagens me incomodam nada mais justo (e maduro) do que mudar o foco, mudar de rede social, mudar de atividade, enfim...
Mas confesso que o que me incomoda mais é que, talvez, às vezes, eu também me sinta insegura, com ciúmes ou com raiva de alguma coisa, ainda que não poste nada publicamente- pelo menos não de maneira direta. Que eu também fico ruminando alguns sentimentos como tantas outras pessoas, e que às vezes eles demoram pra sair da minha mente e do meu coração. O que me leva à pensar que o que me incomoda nos outros é exatamente o que também me incomoda em mim mesma.
Isso tudo me faz ver o quanto eu ainda tenho que melhorar, que evoluir como ser humano e que a minha reforma íntima está só começando (embora eu já faça essa prática há alguns anos). E que eu posso sim extrair aprendizados de situações adversas, principalmente essas de "minhocas na cabeça".
Devagar sempre, né?
♥
terça-feira, 22 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Play again
Vi paisagens incríveis.
Vivenciei outras culturas.
Fiz refeições diferentes do que de costume.
Tive a chance de colocar em prática outro idioma.
Resumindo: nem em férias somos capazes de deixar de aprender algo, uma vez que a gente não tira férias da vida.
E outra coisa: Sim, tudo o que a gente vê lá fora é realmente muito diferente, muito interessante, muito lindo, muito legal, etc. Viajar é muito bom, mas voltar para o seu país é melhor ainda.
(Ai, que saudade de comer um bom prato de arroz e feijão!)
♥
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Pause
Ufa!
Parece exagero, mas eu estava mesmo precisando desse recesso lindo que me aguarda a partir de amanhã.
Vida de professora é tão intensa, tão "pauleira" que essa pequena pausa entre um semestre e outro é sempre muito estratégica e mais do que esperada.
Hora de recarregar as energias.
Hora de cuidar um pouquinho de mim.
Hora de curtir.
Em breve a gente se vê. :)
♥
quinta-feira, 3 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Metade
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
(Oswaldo Montenegro)
terça-feira, 1 de julho de 2014
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